Marc Bonnant, o prestigiado advogado francês, diz humoristicamente o seguinte:
DSK dar-se-á como não culpado e, portanto, é inocente. Ser-nos-ia insuportável saber que a figura emblemática da esquerda moral, antiracista e antisexista, tivesse violentado sexualmente uma imigrante negra, pobre e subalterna.
Vou cometer uma indiscrição:
Os apontamentos momentaneamente perdidos de alguns advogados permitem-me poder dizer o que se vai passar a seguir. Voici:
Primeiro passo da defesa: os factos nunca aconteceram. A ideia é provar que à hora que Nafissatou (o nome da empregada de quarto), diz ter sido violentada, DSK não estaria já no quarto de hotel, mas a tomar o pequeno-almoço com a filha, cujo alibi é indiscutível. É certo que ele foi visto a sair precipitadamente do quarto, mas unicamente porque estava atrasado e não queria deixar de cumprir o seu compromisso. Também é verdade que existiam traços de sperma ( a forma latina, sempre é mais agradável, digo eu), na carpete, mas não são datáveis. Tratar-se-ia provavelmente de uma ejaculação da véspera. É verdade, também, que a roupa de Nafissatou estava manchada, mas foi ao limpar o chão que ela se sujou. Quem sabe se a pressuposta vítima não terá uma falsa identidade? E como acreditar na palavra daquela que enganou toda administração americana? A vítima é uma outra pessoa. E a outra pessoa não fez queixa.
(Cada vez entendo melhor a arte do direito penal).
Segundo passo da defesa: Houve tentativa de violação, mas quem foi a vítima foi Dominique Strauss-Kann. Repare-se na sua cara, ela diz do seu traumatismo. Escute-se o seu silêncio, sintomático da palavra bloqueada dos humilhados. O desenrolar dos factos é certo e sabido que se passou da seguinte forma:
DSK saíu do duche com o lençol de banho posto imperialmente. Nafissatou entra no quarto. O que é que ela fazia lá, violando o regulamento que interdicta todo o pessoal de entrar sozinho numa suite VIP? Infringir as regras não dirá da sua real intenção? Apanhado de surpresa, o toalhão de DSK caíu, mostrando à jovem guineense, o corpo pornocrata de Marcus Aurelius Antoninus. Não se tratou de uma questão física, mas cultural, pois todo o francês se levanta face a uma mulher. É uma tradição do amor cortês. A modéstia do apêndice observado contrasta com a sua iconografia africana, mas repentinamente ela é dominada pela tentação de experimentar o homem branco. Os africanos também têm o gosto pelo exótico. Um violento desejo apodera-se dela. Ela precipita-se sobre ele. Ele fá-la recuar. No seu ataque, ela arranha-o. DSK cai. Eis a explicação para as arranhadelas e os hematomas encontrados. DSK foge, mas a sua agressora tinha tido o cuidado de fechar à chave a porta do quarto...
DSK dar-se-á como não culpado e, portanto, é inocente. Ser-nos-ia insuportável saber que a figura emblemática da esquerda moral, antiracista e antisexista, tivesse violentado sexualmente uma imigrante negra, pobre e subalterna.
Vou cometer uma indiscrição:
Os apontamentos momentaneamente perdidos de alguns advogados permitem-me poder dizer o que se vai passar a seguir. Voici:
Primeiro passo da defesa: os factos nunca aconteceram. A ideia é provar que à hora que Nafissatou (o nome da empregada de quarto), diz ter sido violentada, DSK não estaria já no quarto de hotel, mas a tomar o pequeno-almoço com a filha, cujo alibi é indiscutível. É certo que ele foi visto a sair precipitadamente do quarto, mas unicamente porque estava atrasado e não queria deixar de cumprir o seu compromisso. Também é verdade que existiam traços de sperma ( a forma latina, sempre é mais agradável, digo eu), na carpete, mas não são datáveis. Tratar-se-ia provavelmente de uma ejaculação da véspera. É verdade, também, que a roupa de Nafissatou estava manchada, mas foi ao limpar o chão que ela se sujou. Quem sabe se a pressuposta vítima não terá uma falsa identidade? E como acreditar na palavra daquela que enganou toda administração americana? A vítima é uma outra pessoa. E a outra pessoa não fez queixa.
(Cada vez entendo melhor a arte do direito penal).
Segundo passo da defesa: Houve tentativa de violação, mas quem foi a vítima foi Dominique Strauss-Kann. Repare-se na sua cara, ela diz do seu traumatismo. Escute-se o seu silêncio, sintomático da palavra bloqueada dos humilhados. O desenrolar dos factos é certo e sabido que se passou da seguinte forma:
DSK saíu do duche com o lençol de banho posto imperialmente. Nafissatou entra no quarto. O que é que ela fazia lá, violando o regulamento que interdicta todo o pessoal de entrar sozinho numa suite VIP? Infringir as regras não dirá da sua real intenção? Apanhado de surpresa, o toalhão de DSK caíu, mostrando à jovem guineense, o corpo pornocrata de Marcus Aurelius Antoninus. Não se tratou de uma questão física, mas cultural, pois todo o francês se levanta face a uma mulher. É uma tradição do amor cortês. A modéstia do apêndice observado contrasta com a sua iconografia africana, mas repentinamente ela é dominada pela tentação de experimentar o homem branco. Os africanos também têm o gosto pelo exótico. Um violento desejo apodera-se dela. Ela precipita-se sobre ele. Ele fá-la recuar. No seu ataque, ela arranha-o. DSK cai. Eis a explicação para as arranhadelas e os hematomas encontrados. DSK foge, mas a sua agressora tinha tido o cuidado de fechar à chave a porta do quarto...
Não tenho acompanhado este folhetim que tanto pode ser uma espécie do tema do velhinho - e belíssimo - filme de 1973 "Il n'y a pas de fumée sans feu" de André Cayatte com Annie Girardot em que se produzia fumo sem fogo. Sinopse: Un maire de droite, Joseph Boussard, et son adjoint, sont impliqués dans le meurtre d'un militant. Le Dr Peyrac, très estimé par les électeurs, politiquement opposé à Boussard, pose sa candidature. L'adjoint au maire tente alors de le faire chanter, notamment en divulgant des photos truquées de son épouse.
ResponderExcluirDizia eu que tanto pode ser uma armadilha como um facto real. O problema fulcral mantém-se: há ou não antecedentes de DSK em matéria de algum excesso sexual não consensual? Creio que isso pode ser o "pormenor" que dite a diferença entre uma condenação ou uma declaração de inocência. Mas nos States, como já se viu N vezes, o sistema judicial é suficientemente complicado e politizado para tudo poder acontecer.
O facto de só ter comentado novamente quando está aqui este tema é mera coincidência.
E metendo foice em seara alheia: a senhora não sabe a diferença entre um clarinete e um trompete? Não acredito!
AKO
Ó foice severa, acredite, acredite. Pegando já no "último dístico", ao escrever trompete não me soou nada bem e, por isso, resolvi deixar o cómodo ponto de interrogação...agora daí até me lembrar de clarinete, naquele momento, ia uma vida e eu tenho de me resguardar que a idade avança...
ResponderExcluirCreio que vi esse filme. O da Annie.
Há quem lhe interesse que agora passe a ser não consensual...
Sabemos que há coincidências, mas a Margarida Rebelo Pinto não acredita.
A sua presença é sempre um prazer real, Kota Mor.
Ser apanhado pelas próprias palavras não me acontece frequentemente mas desta vez aconteceu. Não aprecio particularmente a Margarida Rebelo Pinto mas também sou dos que duvida seriamente que haja coincidências. Por isso retiro que tenha sido mera coincidência o ter comentado novamente DSK. Se bem me lembro o teu querido Osho pensa o mesmo!
ResponderExcluirQuanto ao clarinete, é ele que inicia a Rhapsody sendo imediatamente seguido por um trompete. Uma partitura notável com a bonita idade de 87 anos. E como em blue há muitos, fica bem com Blue eyes laughing in the sun laughing in the rain.
AKO
Embora também não goste particularmente da MRP, considero que há coincidências e das Grandes, daquelas que, às vezes, somos obrigados a dizer que caso se passasse numa novela televisiva seria altamente inverosímil. No entanto, tenho exemplos de algumas comigo e com outros. Encontrarmos, por exemplo, alguém que gostaríamos muito de reencontrar e que cada um não sabe do outro há anos e, que na altura mais inesperada do ano se cruzam numa praia da Jamaica, é caso para dizer que é uma coincidência daquelas ou isto tem outro nome? - pergunto-te eu curiosa. (?)E que nome se dá à experiência mais alucinante pela qual já passei, mas que vou contar só depois de publicar estas palavrinhas para que não me dê a travadinha ao ver o comentário a esvanecer-se...
ResponderExcluir«é caso para dizer que é uma coincidência daquelas ou isto tem outro nome? - pergunto-te eu curiosa. (?)» E eu respondo como acredito hoje: o acaso não existe. Do ponto de vista científico penso que esta questão já nem se coloca. Quanto ao resto, é uma questão de crença, fé, opinião, o que lhe queiram chamar. Hoje, com o que já vivi e aprendi, creio firmemente que o que chamamos acaso ou coincidência é o que nos meus tempos de menino e moço chamávamos de sinais. Se estivéssemos atentos aos sinais (pregava o meu assistente espiritual) veríamos que eles queriam sempre significar alguma coisa (estilo pitonisa de Delfos, remoía eu). Aprendi que tive sofrimentos e aflições que apenas serviram para que eu crescesse e que situações vividas em determinadas épocas vieram a revelar-se importantes largos anos depois. Não partilho da tese de que o mundo conspira para nos ajudar como defendem os seguidores de "O Segredo". Mas acredito que o mundo não só não conspira para nos tramar como nos dá os meios para evoluirmos ao nível do nosso Eu consciente.
ResponderExcluirTeorias!
AKO
Aqui estou eu pra destabilizar! hehehe
ResponderExcluirsim senhor! Meus ricos meninos, filosofando tanto e tão bem! Até me arrepiei! Bem, vocês são grandes! Deixem que vos diga! Mas...(grandes malucos) falamos agora de trompetes, clarinetes , tarados sexuais...e Mais!? Espiritualidade, Margarida não sei das quantas e...Txi! Já me perdi ...no meio de tanta confusão! hihihi
Passei só mesmo pra por água na fervura!
Então...continuem a divertir-se...que eu volto jázzzz ...besitossss :)))
Pois, Anton, teorias...
ResponderExcluirA minha outra história altamente improvável que ficou pelo caminho não sei que nome tenha, mas que foi lindíssima foi. Talvez a conte ainda hoje ou durante o fim-de-semana. Acho-o verdadeiramente incrível.
E pegando na Figueirinha ao colo e a propósito de malucos (ihihi), então não é que mais uma vez, a um passo de entrar em casa e com um número considerável de gente a passar, um homem, desta feita, pára (sei que já perdeu o acento, mas eu quero conservá-lo até ao seu último suspiro), e olhando-me bem nos olhos, diz:
- Tu sais pourquoi?
E eu limito-me sempre só a olhar.
Repetiu:
- Tu c'est pourquoi?
E dado o meu silêncio, ele respondeu:
- Parce que j'ai réfléchi!
Palavra de honra que dada a insistência destas situações que eu para a próxima vou reagir.
O que achas, Anton, que aconteceria se eu me tivesse antecipado e à pergunta, Tu sais pourquoi?, eu tivesse respondido:
- Parce que tu as réféchi!(?)
Ou
- Non, je ne sais pas, dites moi, pourquoi?
Palavra de honra que ele estava lá (ihihih), pois desde aquela tua conversa tive que passar à apalpação (ihihiih).
À bientôt, mon cher.
Gostei do seu regresso, menina inevitável!
ResponderExcluirVolte que o seu voltar tem graça!
Destabilize até á medula!
Insista!
e
Jazz!
leia-se, à medula, claro!
ResponderExcluirKO,vou tentar ser breve e subtil, dado que o mundo é pequeno.
ResponderExcluirHá uns anos atrás, as meninas morriam de amores por um professor da Faculdade. Penso que ocorre com alguma frequência. Acontece que este era mesmo lindo e não estava relacionado com as cadeiras que eu frequentava. Admirávamo-lo do "recreio" pelas janelas de vidro e já tinhamos melhor nota do que nas cadeiras obrigatórias( ihihi). Não tenho bem a certeza, mas este namoro deve ter durado uns três ou quatro anos, sempre com a mesma intensidade.
Poder tê-lo de perto, só forçando...
Bom, abreviando como disse, pois isto dava pano para mangas...embora abreviando perca o impacto...
Um dia, eu e um grupo de amigas relacionadas com Universidade, à excepção duma, combinámos almoçar, mas de cada uma sabíamos tudo.
Eu já estava com as primeiras que tinham chegado e só faltava chegar uma que era uma amiga recente.
Quando nós a vemos chegar ao lado do marido e que o marido não era senão outro que o nosso amado de todos os dias, a boca não pôde deixar de se entreabrir, embora fôssemos todas educadas.
Mas a procissão ainda só ia no adro...
A amizade acentuou-se e eu tive um convite para visitar a casa de ambos noutro país.
Lá parti e cheguei, graças a Deus, e fui muito bem recebida.
Um dia, entre alguns que lá permaneci, a minha amiga não pôde sair, pois o filho encontrava-se doente, mas disse-nos para irmos nós, pois ela sabia que eu estava ali para conhecer e que dentro em breve partiria...
Então, o tal ALTAMENTE IMPROVÁVEL aconteceu!!!
Quem é que alguma vez me poderia dizer que eu havia de estar, a sós, noutro país, numa gruta (bar), numa situação altamente privilegiada, bebendo um copo e conversando com aquele Adónis real, absolutamente encantador???
Que nome se dá a isto, Anton do coraçon?