Aqueles que ainda não encontraram a verdadeira riqueza, ou seja, a alegria radiosa do SER e a paz profunda e inabalável que a acompanha, não passam de mendigos, mesmo que sejam muito ricos no plano material. Viram-se para o exterior para recolher umas quantas migalhas de prazer e de satisfação para se sentirem amados e seguros, quando afinal o que os habita é um tesouro que não só substitui tudo o resto como é, acima de tudo, infinitamente mais grandioso do que qualquer outra coisa que o mundo lhe possa oferecer.
O termo iluminação evoca a ideia de um preenchimento sobrehumano e o ego gosta de se manter lá. Mas a iluminação é tão simplesmente o seu estado natural, a sensação de sermos apenas UM com o SER. É um estado de fusão com uma qualquer coisa desmesurada e indestructível. Qualquer coisa que, quase paradoxalmente, é essencialmente você, mas bastante mais vasto do que você. A iluminação é encontrar a sua verdadeira natureza para além de qualquer nome e forma. A incapacidade para sentir esta fusão, faz nascer a ilusão de divisão, a divisão consigo próprio e com o mundo envolvente. É por isso que se sente, conscientemente ou não, como um fragmento isolado. O medo aparece e o conflito torna-se a norma quer interior quer no exteriormente.
Gautma Bouddha diz que a iluminação é o fim do sofrimento.
Mas o que resta quando não há mais sofrimento?
O silêncio de Bouddha subentende que cabe a si descobri-lo.
Eckhart Tolle
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