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terça-feira, dezembro 07, 2010

   O pensador compulsivo, ou seja, praticamente cada um de nós, vive num estado de aparente divisão, num mundo complexo onde fusionam perpetuamente problemas e conflitos, um mundo que reflecte incessantemente a fragmentação da mente. Em contrapartida, a iluminação é um estado de plenitude, a unidade com o todo = a PAZ. É um estado de unidade com a vida sob a sua forma manifesta: o mundo, e a vida sob a sua forma não manifesta: o eu. É um estado de unidade com o SER. A iluminação é, não só, o fim do sofrimento e do perpétuo conflito connosco ou com o mundo exterior, mas também o fim da insuportável escravidão, aquela do pensamento incessante. É uma inacreditável libertação!
  Quando cada um se identifica com a sua própria mente cria um ecrã opaco de conceitos, rótulos, imagens, palavras, julgamentos e definições que impedem toda e qualquer relação verdadeira. Este ecrã interpôe-se entre si e você próprio, entre si e o seu próximo, entre si e a natureza, entre si e o divino. É este ecrã de pensamentos que traz a sensação de divisão, a ilusão de que há um "você" e um outro totalmente separado de si. Esquece-se dum facto essencial: atrás do plano das aparências físicas e da diversidade das formas, "você" é apenas só um com tudo aquilo que existe. E quando digo que se esquece, quero dizer que até pode crer que esta realidade seja verdadeira, mas não a pode apreender como tal. A crença pode certamente reconfortá-lo, mas só a experiência poderá libertá-lo.

TOLLE

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