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segunda-feira, fevereiro 18, 2013

“O Que Não Se Vê” e ainda não se sabe sobre Cristina Massena

Cristina Massena estudou música desde muito cedo, quando tinha apenas sete anos, para além das suas influências familiares que também estão na música. Confessa que “o disco tornou-se mais consciente quando quis deixar de ser intérprete e começar a escrever as minhas próprias músicas e depois surgiu a ideia de fazer um disco.”
Em “O Que Não Se Vê”, Cristina fala “de coisas pessoais, de histórias que vivi, que outros viveram, também de observações do nosso estado social” por isso podemos resumir o pano de fundo deste disco como “a vida em geral”.
O disco termina com a canção “Acorda”, um tema bastante forte e que retrata uma dessas observações de Cristina sobre o estado da sociedade portuguesa. Confirma que a canção foi criada num momento paralelo à finalização do disco e que “surgir durante a manifestação de 15 de Setembro, que foi um movimento muito grande e com a qual eu senti uma empatia muito grande… todas aquelas pessoas que desfilavam nas ruas. Por isso cheguei a casa, compus e postei anonimamente. Algumas pessoas tornaram-na a sua voz a sua música” que é algo que deixou a artista bastante contente. O facto de a ter inserido no disco deve-se a ter sido “uma canção tão acarinhada que eu achei que devia ser parte do álbum”.
O primeiro single “O Meu Nome É Terra” surgiu por sugestão das pessoas com quem Cristina confiava pois disse sentir-se “incapaz de escolher uma música e confiei um bocadinho nas pessoas com quem estava a trabalhar”.
Mas Cristina Massena é artista não só na música como também nas mãos, isto porque foi ela própria que esteve encarregue dos desenhos que ilustram o disco. Afirmou, “o disco é, no fundo, a extensão física de uma personalidade artística de quem compõe e quis veicular esse conceito dos meus cadernos com as letras e com os desenhos para o próprio booklet do álbum”. E isso é algo que acaba por torná-lo mais pessoal e personalizado.
Cristina mostrou ter a resposta certa para a pergunta um pouco ingrata que certamente passa pela cabeça de um artista que está no início de carreira – Como gostava que as pessoas a vissem ou falassem de si? – “Gostava que a partir da audição do meu disco as pessoas dessem mais valor ao que não se vê”.
Não havia melhor forma de terminar a conversa com esta artista que já provou ter a qualidade na voz e na composição para se tornar uma revelação na música portuguesa.

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