“Blancanieves”, um filme original

Nesta história, a branca de neve que todos conhecemos é completamente alterada. Tudo começa com o famoso toureiro, António Villalta (Daniel Giménez Cacho), a sofrer um grave acidente numa das pegas, levando ao sofrimento da sua mulher, a qual assiste, grávida, à tourada. Ficando paralisado, e recebendo a noticia de que a sua mulher morreu ao dar à luz, o famoso toureiro rejeita a sua própria filha devido a todo o sofrimento, sendo esta entregue ao cuidado de sua avó. Entretanto, surge a bruxa má da história, aqui, no papel de uma enfermeira e de madrasta , Encarna (Maribel Verdú), aproveita-se do estado de António Villalta, da sua fama e do seu dinheiro, para se casar com ele e viver um vida luxuosa. Após um trágico infortúnio, Carmen (Macarena García), Blancanieves,filha de António Villalta, é enviada para os cuidados do pai. Este, estando paralisado, vivia em regime de reclusão, sendo dominado pela madrasta malvada. A pequena Blancanieves sofre assim maus tratos por parte da mesma, sendo obrigada a trabalhos forçados e vivendo em condições miseráveis.Toda a felicidade de António Villalta e de Carmen era o tempo que passavam juntos, às escondidas da madrasta, onde o pai ensinava à filhe a arte de tourear. Após a madrasta assassinar o pai, e na tentativa de assassinar Carmen, esta consegue escapar e junta-se a um grupo de anões toureiros, e é aqui que tudo começa. Dando espectáculos em todo o lado, a qualidade de Carmen na arte de tourear não passou indiferente a ninguém, assim,foi sem surpresas que lhe chegou um convite para tourear na praça principal de Sevilla. Com tudo para acabar bem, esta última tourada não corre como planeado, a sua madrasta reecontra-a e tudo pode mudar. Este é um filme extremamente original e bem representado. O facto de ser um filme mudo e a preto e branco, não lhe altera a qualidade. Muito pelo contrário, as bandas sonoras escolhidas no lugar das falas dão expressívidade, emoção e originalidade a “Blancanieves”.