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segunda-feira, março 25, 2013

Joana Vasconcelos transforma o Palácio da Ajuda
Com certeza já ouviu falar de Joana Vasconcelos. Do “Coração Independente Vermelho” de filigrana, ou da “Marylin”, os sapatos gigantes, feitos de panelas, que já pisaram o mundo.

Pois bem, a partir do dia 23 de Março, vai poder visitar uma exposição inédita desta artista, no Palácio Nacional da Ajuda.
Um projecto que resultou de uma parceria “corajosa” entre a empresa privada “Everything is New” e o Estado Português através da Direcção-Geral do Património Cultural e que vai prolongar-se até dia 25 de Agosto.
Joana Vasconcelos expôs o ano passado no Palácio de Versailles e bateu o recorde de visitantes. De regresso a Portugal, “Versailles fica para trás e começa a nascer uma outra exposição completamente diferente”. Mais além, mais próxima dos portugueses, mais quente. Onde existe o diálogo entre o mobiliário, e a decoração do palácio, e as peças de Joana.
A artista que ficou “abismada” e “deslumbrada” com o Palácio Nacional da Ajuda pensou que era capaz de “fazer ainda melhor”. “A Ajuda é a nossa cultura” cheia de “todas as histórias, intimidades e pequenas particularidades do Palácio. Versailles está despida da intimidade dos objectos, dos móveis”.
Assim, vai poder ver “A Noiva”, “O Jardim do Éden”, “Marylin” entre outras peças mais recentes, nunca expostas em Portugal como o “Petit Gâteau”, “Lilicoptère”, “A Todo o Vapor”, e outras obras criadas particularmente para o Palácio como as cerâmicas Rafael Bordalo Pinheiro, vestidas a croché, que repousam no mobiliário do Palácio da Ajuda, em plena harmonia e interacção com o espaço.
Joana Vasconcelos “transforma o próprio palácio que ganha uma nova dimensão e um novo significado”,explicou Anabela Carvalho da Direcção-Geral do Património Cultural. Estão presentes “o inusitado, a irreverência, a ironia, a subversão, a metamorfose de peças que nos são familiares, através de uma disrupção com a própria função e com a escala”.
António Covões, da “Everything is New”, viabilizou a exposição estreando-se na área de produção cultural. Frisou a importância do projecto para Portugal e para o Turismo. “Queremos pôr Portugal no mapa. As grandes cidades só crescem e ganham maturidade com grandes eventos”. E deu o protagonismo à cultura portuguesa, a uma grande artista contemporânea e a um grande palácio.
Também Isabel Godinho, directora do Palácio Nacional da Ajuda, esteve presente para dar as boas vindas à “chave de ouro”, Joana Vasconcelos, com que fecha a sua carreira.
Esta é a última exposição daquela que foi uma figura que se dedicou ao estudo da vida de D.Maria Pia e ao edifício que tem uma vivência ligada à família real e, como frisou o comissariado da exposição, Miguel Amado,” tem uma arquitectura que cruza espaços domésticos com salas grandiosas”.

Não pode perder a oportunidade única para rever os últimos dez anos de produção da Joana, e observar peças que nunca antes foram apresentadas ao público. “É uma honra estar num palácio português, que é meu, é da minha história e do meu passado, e do meu futuro. Quero que ele seja repensado e visto por novas pessoas”, disse a artista em jeito de despedida.

Entretanto o Palácio Nacional da Ajuda vai estar fechado, em montagem, até ao dia da exposição. A partir de dia 23 de Março, a exposição está aberta todos os dias, menos à sexta-feira, das 10:00 às 19:00, excepto ao Sábado, que está aberta até às 21:00.
O bilhete normal vai custar 10 euros, e as crianças até aos seis anos têm entrada gratuita. Existem ainda outros descontos para jovens, estudantes e seniores e famílias.



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