Um homem dirige-se ao balcão, depois de soar o número da senha PRIORITÁRIA que tinha em seu poder. Estica o braço e, já com meio pé em casa, ouve:
- "Mas, desculpe, porque é que o senhor tirou uma senha PRIORITÁRIA...?" - diz a funcionária com um ar incrédulo, olhando para o jovial e saudável homem.
O homem, como que apanhado se surpresa, aponta rapidamente para a porta, a cerca de 50 metros de distância e diz:
- "Estão ali a minha mulher e as minhas duas filhas e uma é de colo".
- "Mas o senhor está com alguma criança ao colo? Se criança está ao colo da sua mulher, acha que faz sentido? - concluiu a mulher muito segura.
Por momentos, quase que tive a impressão de ouvir:
- "Não seja por isso! Ó, Maria passa aí a criança e vai dar uma volta com a outra..."
Mas aquilo que não lhe ocorreu ou que foi contido por receio de linchamento público, rapidamente deu lugar a outras malabarices de quem acha que os outros estão ali por gosto...
Resmungando, contrariadíssimo, dirigiu-se à máquina das senhas e resolveu aplicar o indicador no botão das Execuções Fiscais não porque o assunto fosse aquele, mas porque a fila era a mais pequena.
Na imposibilidade de lhe escaparmos, são estes episódios que fazem das Finanças um local aprazível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário